Perseguição a freiras e bispos na Nicarágua reflete repressão do governo contra opositores e igreja
Recentemente, duas freiras que trabalhavam em uma casa de repouso na Nicarágua foram expulsas do país como parte da repressão do governo contra líderes da oposição, jornalistas e a Igreja Católica. O presidente autoritário Daniel Ortega chamou os bispos da Conferência Episcopal da Nicarágua de “terroristas” e acusou a igreja de apoiar os protestos antigovernamentais em 2018, rotulando-os de “tentativa de golpe”. Desde então, dezenas de milhares de nicaraguenses fugiram de sua terra natal para evitar a perseguição, já que o governo de Ortega reprimiu os protestos, matando centenas de pessoas, ferindo milhares e detendo muitos arbitrariamente.
Os bispos da Conferência Episcopal da Nicarágua atuaram como mediadores do diálogo nacional, reunindo diferentes setores sociais com o governo na tentativa de buscar uma solução pacífica para o conflito político. No entanto, Ortega e seu governo desencadearam uma campanha de terror político no país. Em fevereiro de 2021, o governo da Nicarágua libertou mais de 200 presos políticos, muitos dos quais chegaram aos Estados Unidos.
Este é um exemplo triste da falta de liberdade e justiça em uma nação. A perseguição de líderes religiosos, jornalistas e opositores políticos é uma violação dos direitos humanos básicos. Esperamos que a comunidade internacional possa pressionar o governo da Nicarágua para respeitar a liberdade de expressão e de religião, além de garantir a segurança de todos os cidadãos.